Antes era assim.
Eu comprava em papelarias especializadas um bloco em que as páginas traziam o círculo e alguns campos a serem preenchidos, como o nome do cliente e a posição dos planetas.
Uns astrólogos usavam o compasso para fazer o círculo – eu não gostava porque ficava um furinho no meio do mapa. Outros mandavam fazer um carimbo bem grande.
Eu usava caneta tinteiro e lápis de cor para preencher. Ia colorindo e pensando sobre os pontos importantes do mapa.
Os dados planetários eram calculados um a um, usando as Efemérides. A minha tinha tabelas mensais de 1900 ao ano 2000 – era enorme.
As casas astrológicas eram levantadas a partir das Tábuas de Casas de Raphael, que eram feitas para o hemisfério Norte e, assim, faziam a gente meditar sobre os opostos.
Outro instrumento de trabalho fundamental era a calculadora, coisa que os astrólogos do passado ainda não tinham.
Cronos é o senhor do tempo, é Saturno. Estraga algumas coisas, amarela outras. Mas sempre deixa o essencial passar.